domingo, 24 de março de 2013

Maior número primo do mundo é descoberto (com mais de 17 milhões de dígitos)


O maior número primo foi descoberto e tem 17.425.170 dígitos. O novo número primo esmaga o último descoberto em 2008, que tinha 12.978.189 dígitos.




Trecho do maior número primo descoberto
   O número - 2 elevado à potência de 17.885.161  menos 1 - foi descoberto por Curtis Cooper, matemático da University of Central Missouri, como parte de uma gigantesca rede de computadores voluntários dedicados a encontrar números primos, semelhante a projetos como o SETI@Home, que baixa e analisa dados de radiotelescópio para pesquisa de inteligência extraterrestre. 
   A rede, chamada o Great Internet Mersenne Prime Search (GIMPS) junta cerca de 360.000 processadores que operam 150 triliões de cálculos por segundo. Este é o terceiro número primo descoberto por Cooper. "É análogo a escalar o Monte Everest", disse George Woltman, cientista de computação, que foi um dos fundadores do GIMPS.
   Além disso, o número é o 48º exemplo de uma classe rara de números chamados primos Mersenne. Os primos de Mersenne tomar a forma de dois elevado à potência de um número primo menos 1. Desde que foram descritos pelo monge francês Marin Mersenne, há 350 anos, apenas 48 desses números indescritíveis foram encontrados, incluindo a mais recente descoberta.
   Depois do primo ter sido descoberto, foi verificado duas vezes por vários outros pesquisadores que usaram outros computadores. Enquanto a forma intuitiva para procurar primos seria dividir cada candidato potencial ao número cada vez único menor do que si, isso seria extremamente demorado, disse Woltman. "Se você tivesse que fazê-lo dessa forma seria necessário mais tempo do que a idade do universo", disse ele.
   Em vez disso, os matemáticos desenvolveram uma estratégia muito mais inteligente, que reduz drasticamente o tempo para encontrar números primos. Esse método usa uma fórmula para verificar muito menos números. A nova descoberta torna Cooper elegível para um prémio de investigação da GIMPS no valor de $ 3.000.

Escolas modelo podem ajudar a melhorar o ensino de matemática

   O bom desempenho das chamadas escolas eficazes no ensino da matemática poderá servir de modelo para as unidades que apresentam baixo rendimento na disciplina. Hoje (6), o MTE (Movimento Todos pela Educação) divulgou os dados do relatório De Olho nas Metas que apontou o sucesso dos alunos dessas escolas no aprendizado da matemática.
   De acordo com Priscila Cruz, diretora executiva do movimento, um dos municípios que se destacaram pelo bom ensino da matemática foi Itamarati, no interior do Amazonas. Nas escolas dessa cidade, 78% dos alunos do nono ano tiveram bom resultado na avaliação da disciplina.
   O município tem cerca de 8 mil habitantes, segundo o censo de 2012 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Itamarati tem 116 alunos matriculados no nono ano do ensino fundamental. Segundo Priscila, a cidade vem mostrando uma evolução positiva nos números da aprendizagem desde 2005.
   "Pelo lado do Todos pela Educação, a gente agora vai atrás desses municípios e das escolas que conseguem ter um resultado melhor para conseguir dar um pouco de pista, o que a gente pode fazer em termos de matemática", disse. "A gente tem que entender o que tem sido feito, as particularidades dessas escolas e o que pode ser aproveitado por outras escolas. Tem muitas lições que podem ser aprendidas", completou Priscila.
   Segundo o balanço do TPE, a matemática foi a matéria que obteve o pior resultado na avaliação de defasagem no aprendizado. No terceiro ano do ensino médio, apenas 10,3% dos alunos brasileiros têm o conhecimento adequado de matemática. Em língua portuguesa, o desempenho foi um pouco melhor, com 29,2% dos estudantes mostrando aprendizagem satisfatória.
   A mesma pesquisa feita entre os alunos do nono ano do ensino fundamental mostrou que 16,9% tiveram ensino adequado em matemática, contra 27% em língua portuguesa.

Novo currículo

   Para Priscila, além de melhorar o ensino dessa disciplina, o país precisa de um currículo nacional para orientar os professores. "Não ter um currículo nacional é um tremendo impeditivo de melhoria [do ensino], porque se eu quero ter várias políticas que se articulam em torno da aprendizagem, eu tenho que saber qual é a aprendizagem que eu espero", disse. 
   Na opinião da diretora executiva do movimento, falta uma padronização no que é exigido dos professores de todo o país e isso se reflete nos resultados negativos do relatório De Olho nas Metas. "É quase que um jogo assim: eu vou fazer a avaliação, mas eu não vou te contar o que você tem que ensinar. Isso não é transparente, isso não é justo nem com os professores, nem com quem trabalha de forma séria com a educação".
   Luis Carlos de Menezes, consultor da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e professor do Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), acredita que o problema está no formato de aulas usado pelas instituições de ensino. "Os alunos ficam sentadinhos ouvindo o professor. Esse conceito de aula tem que acabar. Ou o jovem é protagonista do aprendizado dele ou não vai aprender", declarou.
   "Um bom modelo de aula é o da educação infantil. Você consegue imaginar um monte de crianças perfiladas com a professora discursando para eles? De jeito nenhum. Essa criança é o mesmo jovem do ensino médio. Ele [adolescente] precisa interagir, escrever, calcular e não ouvir dizer. Se nós não mudarmos a escola, esse números continuarão trágicos. A escola está equivocada", avalia o educador.
   Outro problema apresentado por Menezes foi a inexistência de uma carreira para os professores. Ele argumenta que o professor que entra na profissão só tem como perspectivas terminar o exercício do magistério, ou seja, tornar-se velho. "Isso é lamentável, é melancólico", disse.
   Fundado em 2006, o Todos pela Educação é um movimento da sociedade civil brasileira que tem a missão de contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o país assegure a todas as crianças e jovens o direito à educação básica de qualidade.

Confira abaixo as notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), do estado de Pernambuco, referentes às:

Séries Iniciais (até a 4ª série)


Séries Finais (5ª à 8ª série)



Ensino Médio




Dupla resolve um dos grandes problemas matemáticos do mundo.



   Um americano e uma espanhola anunciaram ter resolvido um dos grandes problemas matemáticos do século 20, que muitas pessoas tentaram comprovar antes deles, sem sucesso.
    A teoria dos "subespaços invariantes em espaços de Hilbert" foi formulada nos anos 1930 pelo húngaro-americano John von Neumann e se baseou na teoria do matemático alemão David Hilbert (1862-1943). Segundo o problema, todo operador em um espaço de dimensão infinita possui um subespaço próprio que não varia.
   No entanto, até agora ninguém tinha conseguido demonstrar a correção do enunciado. Por isso, a descoberta de Carl Cowen e Eva Gallardo representa um "marco histórico", considerou o presidente da Sociedade Matemática Espanhola, Antonio Campillo, na apresentação da descoberta, que coincidiu com o congresso da instituição em Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha.
   Cowen, da Universidade de West Lafayette, nos EUA, admitiu que se trata de um conceito difícil de entender porque vai além das três dimensões do nosso mundo.
    Para tentar explicá-lo, ele usou uma bola de basquete: "Se você gira uma bola, ela sempre gira sobre um eixo", demonstrou. Então, "podemos imaginar, talvez não com muita clareza, uma bola de dimensão infinita e um espaço de dimensões infinitas" e provar que assim ela também pode girar, explicou.
   Apresentada em uma curta solução de menos de 20 páginas, a fórmula de Cowen e Eva foi analisada por três especialistas que não encontraram erros, ao contrário do ocorrido no passado com os trabalhos de outros matemáticos, asseguraram os autores.
   Para solucionar o problema, que exigiu três anos de trabalho, os dois cientistas optaram por abordá-lo a partir da teoria das "funções de variável complexa", explicou Eva, que atua na Universidade Complutense de Madri. Segundo ela, "é uma perspectiva diferente da habitual que talvez tenha dado a chave".
  O impacto da descoberta "será imediato e de enorme transcendência" para a comunidade matemática mundial, afirmou Campillo, tanto por sua contribuição para a ciência básica quanto por suas possíveis aplicações práticas.